sábado, 14 de novembro de 2009

COLETIVO LETRAS EM MOVIMENTO-OPOSIÇÃO: Lutar contra governos e reitoria e avançar na unidade do movimento estudantil combativo!

“Não éramos, na verdade, criadores de movimento: éramos movimento.”

Fran Martins


A Educação pública, gratuita e de qualidade permanece assegurada somente à menor parte dos estudantes das universidades públicas, que já são a menor parte dos matriculados no Ensino Superior. No estado do Ceará, as instituições privadas correspondem a 90% do total das IES! A privatização da educação é uma ameaça real e se dá por diversas maneiras, das quais as mensalidades - de que ainda estamos isentos aqui na UFC - são apenas uma: a insuficiência de bolsas, por exemplo, excluem da universidade, muitos jovens que têm que trabalhar e que carecem de tempo e de dinheiro para estudar.

Nós, do Coletivo Letras em Movimento, que prezamos pela manutenção da publicidade, gratuidade e boa qualidade da educação, entendemos, portanto, que o CA deve assumir claramente essas históricas bandeiras do movimento estudantil e condenar qualquer proposta que dê margem à participação do capital privado na universidade. Isso passa pela exigência de contratações via concurso público, exclusivamente, e pelo repúdio às terceirizações, portanto - sendo esta, aliás, uma das razões pelas quais criticamos a aqueles que ainda pretendem discutir formas de contratação de docentes e funcionários, favorecendo, assim, a precarização das condições de trabalho nesta universidade.

A defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade passa também por uma explícita oposição aos governos Cid e Lula, cuja isenção fiscal para os tubarões do ensino, via PROUNI, e cujos projetos de expansão de vagas por meio de cursos à distância, UFC Virtual, além de cabos eleitorais muito convenientes, são conseqüências de um financiamento cada vez mais insuficiente para a educação, que, se já não era evidente no REUNI, nas universidades federais agora é indisfarçável, nessas vagas abertas aos milhares e sem previsão alguma de contratação de novos docentes! UFC virtual acena com sobrecarga de trabalho para os docentes atuais e principalmente para nossos mestrandos e doutorandos, que serão os tutores aplicadores desses cursos a distâncias. Por isso, exigimos a expansão de vagas presenciais e com devido aumento de repasse de impostos para o Ensino Superior e para os demais níveis, sem o que a expansão somente acarretará novos problemas às universidades.

Não somos contrários à utilização do CA como espaço de convivência e de realização de jogos ou de festas, desde que tais atividades não se sobreponham ao andamento das lutas do ME, que nós priorizamos e que vêm secundarizadas pela atual gestão do CA.

Nós, do Letras em Movimento, não toleramos quaisquer opressões, sejam elas de gênero, raça, orientação sexual ou de qualquer outro tipo. Defendemos também que os estudantes tenham acesso livre aos espaços da universidade e que possam realizar suas atividades culturais em todos eles.

O papel do movimento estudantil combativo é denunciar as medidas que prejudicam a universidade pública e organizar os estudantes para a luta contra a mercantilização da educação. Para isso, é fundamental a construção conjunta da unidade entre os lutadores e um ferrenho combate ao aparelhismo e ao governismo.

O período que vivenciamos é de grandes ataques dos governos estadual e nacional e também das reitorias. A atual reitoria, em consonância com o projeto neoliberal, aplica a formula básica de truculência na negociação e aprofundamento da privatização da universidade pública, assim como a precarização das condições de trabalho e de estudo, a falta de verbas e a vinculação das mesmas a empresas privadas e agências de fomento - que resultam na perda da autonomia universitária.

Temos uma grande luta para travar no período que se abre! Justamente porque a unidade será cada vez mais fundamental à vitória, aprovamos, portanto apoiar a gestão do DCE-UFC-DA LUTA NÃO ME RETIRO!



COLETIVO LETRAS EM MOVIMENTO




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